O que é o Sistema de Plantio de Direto?
PSD (Sistema de Plantio Direto) é um tipo de manejo do solo sem revolvimento da terra. Nessa técnica não é feita a aragem ou gradagem.
Ele garante um uso mais responsável e natural do solo, usando seus atributos biológicos ao máximo.
Existem os conceitos básicos do PSD que se baseiam no revolvimento nulo ou mínimo da terra, manutenção da cobertura e rotação de culturas.
Quais são as principais técnicas?
O plantio direto é composto principalmente por três técnicas, que serão melhores elaboradas agora:
1. Ausência ou mínimo revolvimento do solo
Essa técnica consiste, como o nome indica, o mínimo ou ainda o não revolvimento do solo, que seria a inversão das camadas com a utilização de implementos agrícolas. Nos países com clima temperado e frio, esse tipo de plantio direto é mais utilizado para poder ser gerado calor justamente para proteção do solo contra as geadas e a neve. Entretanto, no Brasil com os climas subtropical e tropical, esse processo acaba sendo desnecessário, uma vez que essa preocupação de produzir calor pode ser dispensada.
2. Cobertura do solo com palhada
Com a necessidade de uma estrutura melhor, com a utilização de uma máquina colhedora, por exemplo, após extrair a planta da terra, termina o serviço triturando os restos e pulverizando de volta ao solo. Essa matéria orgânica, agora triturada, é a palhada, que ajuda de diversas maneiras, diminuindo a evaporação, ajuda na redução do impacto da gota da chuva na superfície do solo, ajuda também na redução de transporte de partículas pelas chuvas (consequentemente minimiza a erosão), controle de temperatura, entre outros.
3. Rotação de culturas
Dessa maneira, é feita uma alternância de espécies cultivadas em uma mesma área, havendo um período mínimo em que dada espécie não é cultivada. Um dos pontos favoráveis dessa técnica é a redução dos impactos causados pela monocultura, melhorando as condições desse solo e favorecendo a quebra do ciclo de vida das daninhas, ajudando também a minimizar a incidência de doenças e pragas.
Daninhas
Para o bom sucesso desse sistema, é necessário o controle das ervas daninhas. Ainda que apenas a palha já ajude a minimizar a incidência dessas – podendo ser fisicamente (em que a palha acaba servindo como uma barreira física para a eclosão e diminui a disponibilidade de luz), ou através de alelopatia (pelas substâncias liberadas que impedem a germinação das sementes de plantas intrusas ali presente) ou ainda por efeitos biológicos (com os macro ou micro-organismos do solo degenerando as sementes) – em grandes culturas, essas defesas não são suficientes, sendo requerida uma boa dessecação.
Tratando-se então dessa questão, o uso de herbicidas se torna muito importante. Entretanto, é preciso saber reconhecer os tipos de daninhas que estão afetando sua cultura para que esse controle seja ainda mais efetivo com a utilização de produtos adequados, e para isso existem aplicativos e manuais disponíveis para a consulta. Porém, pensando na possibilidade do erro e do gasto excessivo que pode acarretar essa má identificação, o melhor a se fazer é consultar um profissional, seja um agrônomo, seja uma empresa que realiza consultorias, como a AgroPlan – UFV.
Para o controle, é recomendado a utilização de herbicidas dessecantes que são associados a herbicidas residuais, para que, após a aplicação, esse produto fique no solo exercendo a função de manter a cultura sem invasoras nessa parte inicial do ciclo.
Diferenças do Plantio Convencional
Em suma, o plantio convencional tem uma exploração prévia maior do solo em que vai ser produzida a cultura. Toda a vegetação é eliminada e começa a aragem da terra, além da adição de cal para a correção da acidez e uso de produtos para conter pragas e plantas invasoras.
No SPD (Sistema de Plantio Direto) todas essas etapas são minimizadas, fazendo com que se ocorra um menor gasto em aditivos agrícolas e criando um ambiente mais sustentável e rentável.