Origem e motivo de seu sucesso:
A Manga Ubá, é proveniente da mangueira Mangifera indica, que tem sua origem na área entre a Índia até as Filipinas, no sul da região asiática. Entretanto, a origem das primeiras sementes do fruto, quem trouxe foi o italiano José Miotto, que, em uma de suas viagens para Itália, trouxe até Ubá e quando plantada aqui teve seu nome inspirado na cidade. A pequena manga é bem doce, possui fibras curtas e macias, sendo esses os diferenciais dessa variedade que conquistou espaço dentre as outras maiores, Tommy Atkins e Palmer; é conhecida também como mel dourado, pela sua coloração amarelada.
Manejo da manga Ubá
Por se tratar de uma fruta tropical, a manga é extremamente adaptada ao clima brasileiro. Chuvas intensas e fora do período programado, causam problemas enormes na produção. Um aspecto importante para as mangueiras é o clima, pois temperaturas muito elevadas ou baixas afetam diretamente a produtividade. O clima ideal para o cultivo são temperaturas médias, que ficam entre 20º e 29º C.
Além disso, é essencial um manejo adequado para o cultivo da mangueira. Um solo com fertilidade média, profundidade alta, arenosos e até argilosos, com uma boa drenagem, ligeiramente ácidos com PH na faixa de 5,5 e 6,8, é o exemplo de um terreno que pode gerar uma grande produtividade.
O principal indicador da época da colheita da manga é a mudança da cor da polpa da fruta. A maturação tem diversos fatores, inclusive o tempo de plantio, a espécie e até a região que está sendo cultivada. Em regiões mais secas, a maturidade é mais rápida do que em regiões mais úmidas.
Mercado e comercialização
É uma manga muito produtiva, pode ser consumida in natura ou então utilizada na produção de mangadas, que são os doces feitos dessa fruta tão saborosa; são geralmente feitos de maneira semi-artesanal: após o fruto ser lavado e descascado, sua polpa é extraída e com a utilização de pás elétricas, ela é aquecida em um tacho. Não é necessário a adição de açúcar, ainda que algumas vezes seja adicionado para aumentar ainda mais a produção. Além dessas formas de consumo, pode também ter sua polpa extraída e comercializada, que hoje em dia é distribuída para o Brasil inteiro, além de exportar para 12 países, como EUA e Austrália.
Desafios da cultura:
Com o crescimento do setor imobiliário e da verticalização da cidade, as mangueiras de quintal começaram a diminuir, e consequentemente, as mangas Ubás. A fim de combater essa queda dos frutos, o ambientalista Ronaldo Mazzei entrou em contato com a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) e começaram um projeto de arrecadação, que consistia na coleta das sementes que os moradores iriam jogar fora após o consumo do fruto. Com a forte adesão da população na campanha, faltava apenas plantar as mangueiras. O IEF (Instituto Estadual de Florestas) cedendo um espaço para o plantio das mudas, e a UFV com a contribuição de pesquisadores especialistas em enxertia, fizeram desse projeto algo rentável para os produtores da cidade, pois, com os estudos, foi possível encurtar o tempo de colheita de 7 anos para 2 anos de plantio.