Importância do manejo
Sabe-se que é no período de chuvas que o pasto se desenvolver melhor. Contudo, o fator crucial que irá aumentar a produtividade da sua fazenda – seja em arroba por hectare, ou litros por hectare – é, na verdade, a constância na disponibilidade de alimentos mais digestíveis e de melhor qualidade nutritiva ao longo do ano. Para o maior aproveitamento da forrageira, a melhor solução é fazer o manejo correto e adequado para potencializar os ganhos da sua propriedade, garantindo o restabelecimento e a perenidade da forrageira, sempre respeitando o seu ciclo produtivo. A taxa de lotação, altura e entrada do gado nessa cultura são fatores fundamentais para serem levados em consideração na hora de manejar a pastagem, confira abaixo mais detalhadamente.
Taxa de lotação e pressão de pastejo
Como dito anteriormente, a taxa de lotação (que é a relação entre o número de unidades de animais – UA, no Brasil é adotado para o bovino como 450 kg do peso vivo – e a área ocupada por eles durante um período) possui um papel importantíssimo no manejo. Esse índice ajuda na organização da demanda por alimento, a fim de aproveitar melhor a pastagem para os ruminantes, e também encontrar o melhor balanço entre a qualidade e produção dessa forragem.
Essa taxa determina a disponibilidade de pastejo para o gado, aplicando assim a chamada pressão de pastejo. Ela pode ser categorizada em pastejo ótimo, subpastejo e superpastejo. Levando em conta a nomenclatura utilizada, deve-se sempre buscar o estado de ótimo pastejo, haja vista que nenhum dos outros dois são benéficos.
Subpastejo é a situação em que a taxa de lotação é baixa em comparação com a capacidade de suporte da pastagem, ou seja, existem mais áreas de pastejo em relação a animais, e isso implica numa subutilização da área. Em contrapartida, o superpastejo é a situação inversa, isto é, há um grande número de animais para pouca área de pastejo, causando restrição alimentar. Por último, fica claro que a categoria de pastejo ótimo é o equilíbrio entre os dois fatores.
Altura de entrada e saída do animal
Uma das importantes ferramentas que ajudam o produtor de forma prática no manejo de pastagens é a altura.
Na tabela temos a relação ideal de altura de entrada e saída de cada espécie de forrageira.
Essas alturas são definidas para ocorrer a menor perda de recursos possíveis.
A altura de entrada é observada quando a pastagem está no seu nível máximo de folhas e menor matéria morta. As folhas são o principal alvo da alimentação dos animais, pois é a parte das plantas de maior preferência. A altura é o indicador que o nível máximo de folhas foi alcançado e que não esteja aumentando o nível de colmo e material morto.
Outro ponto é a altura de saída do animal do pasto. A medida ajuda no processo de rebrotação da pastagem. As folhas que sobram ajudam no crescimento e diminuem a necessidade de reposição de nutrientes.
No início o pasto é grande e cheio de folhas, mas com o desgaste é necessário mais energia do animal e a qualidade da pastagem, por isso a observação da altura do pasto é uma das mais simples e eficientes formas de manejo de pastagens.
Tipos de manejo
Existem dois principais tipos de manejo de pastagens que são escolhidos com o objetivo e os recursos disponíveis.
No sistema de pastejo contínuo, o animal permanece na área de pastagem o ano inteiro.
Nesse sistema, uma vantagem é a menor necessidade de mão de obra, porém a desvantagem é a demora na revitalização da planta forrageira e a pressão exercida pelos animais na pastagem.
No sistema pastejo rotacionado, os animais são transferidos de piquetes de tempos em tempos, para que a planta de pastagem possa brotar novamente.
Uma das vantagens é que a revitalização das áreas podem ocorrer de forma mais intensa, porém existe a necessidade de uma organização maior nesse sistema, pois é preciso transferir periodicamente os animais.