Importância do controle
Ao identificar-se o aparecimento de daninhas no pastejo, se faz preciso entrar em alerta, já que, além desse aparecimento indicar algum estágio de degradação desse pastejo. Com a competição do desenvolvimento desse sistema que é tão importante, por exemplo, para pecuária, deve-se ficar muito atento aos possíveis problemas. Como comumente conhecido, o grande mal das ervas daninhas é justamente a competição gerada pelos recursos disponíveis no solo, que são essencialmente destinados ao bom desenvolvimento das plantas forrageiras. Com a infestação, além da menor disponibilidade de água, luz solar e nutrientes, ocorre também a alelopatia, isto é, a liberação por essas daninhas de compostos aleloquímicos prejudicando o pasto. Dessa maneira, é preciso conhecer quais são os principais tipos, além de entender quais os melhores tipos e como manejar.
Tipos de controle
Com vários métodos disponíveis para o controle, desde a limpeza com máquinas até a rotação de culturas, é importante pensar em não fazê-las de maneira isolada. Ao integrar os tipos que serão listados, há um maior aproveitamento das técnicas, além de garantir uma melhor cobertura contra essas ervas.
1. Controle Químico
Talvez o mais polêmico, porém um dos mais eficientes métodos para o controle, ao passo que, com o conhecimento necessário, o uso de defensivos -mais especificamente de herbicidas- garante um trabalho mais ágil e preciso. Importante destacar o nível de cuidado necessário para a utilização do produto, no horário, quantidade, e o número de vezes corretamente.
2. Controle Físico
Diferenciando-se do controle mecânico, esse tipo utiliza os fatores físicos do ambiente, como o sol, fogo e/ou água. Pode ser feita uma solarização, que consiste na utilização de um polietileno transparente, aumentando a temperatura do solo e eliminando as plântulas indesejáveis. Pode também ser feita a utilização de fogo para aumentar a temperatura em um curto espaço de tempo ou de água, com inundações em lâminas de água em tabuleiros ou quadros, espaços abertos para ocasionar, da mesma maneira, a morte.
3. Controle Preventivo
Como o nome indica, trata-se das etapas pré plantio. Isto é, com a utilização de sementes certificadas e a limpeza rigorosa dos implementos e máquinarios, impedindo com isso a possível entrada das plantas invasoras.
4. Controle Cultural
Consiste na utilização de estratégias aplicadas às especificidades de cada pasto, com o estudo da época para o plantio, rotação de cultura, escolher as melhores espécies adaptadas àquela região e assim por diante. Outro método importante é o plantio direto, que, com a cobertura de matéria orgânica, é possível mitigar o crescimento das daninhas como uma barreira física -impedindo que elas emerjam- e solar, uma vez que impede a chegada de luz para o crescimento.
5. Controle Mecânico
O mais conhecido, a capina mecânica, é geralmente utilizada em propriedades menores, com um terreno mais acidentado e consiste na utilização de ferramentas, como a enxada, para a retirada das daninhas.
Principais daninhas
Existem várias espécies de daninhas que causam inúmeros problemas nas pastagens, diminuindo seu crescimento por meio de competição de água e nutrientes. As principais são:
Cambará (Lantana camara)
Tem uma alta taxa de infestação e se trata de uma espécie de planta tóxica que está presente homogeneamente pelo Brasil.
Seu crescimento pode causar graves problemas de intoxicação nos animais que consumiram.
Guanxuma (Sida sp.)
Tem crescimento rápido e geralmente cresce em solos compactados, além disso é bastante comum nas regiões sudeste do Brasil.
Leiteiro (Peschiera fuchsiaefolia)
Seu nome é relacionado a substância com textura leitosa que é emitida pela planta. As exigências para seu crescimento são mínimas, mas causam grande competição com as pastagens.
Sua dispersão é feita por sementes, por partes que ficam no solo e por pássaros.