“O solo não é uma massa inerte constituída de fração minerálica servindo de simples suporte a vegetação, mas um sistema dinâmico igual a um organismo vivo […];” – A vida do solo, Ana Maria Primavessi
De onde vem o solo, como ocorre o seu processo de formação?
A formação dos solos se dá pela decomposição das rochas, ou seja, pela desagregação das partículas que formam as rochas, causadas pelo intemperismo, que é o processo de transformação e desgaste por meio de processos químicos, físicos ou biológicos. Entre esses processos, podemos citar alguns exemplos como a ação da água nas rochas (Intemperismo Físico), as diferenças de pressão e temperatura nas rochas (Intemperismo Químico) e a ação dos seres vivos, como bactérias e raízes de plantas (Intemperismo Biológico).
Qual é a composição do solo?
Existem diversos fatores que podem influenciar na composição do solo, a principal é a formação geológica (a rocha matriz), somada com diversas variáveis referentes ao clima, como umidade local, incidência solar, o vento, e até mesmo a biodiversidade. Sendo assim, a composição do solo pode variar de acordo com a sua posição geográfica. Podemos encontrar na composição do solo, de uma maneira geral, elementos minerais, ar, água, matéria orgânica e muita vida (microorganismos e animais de muito pequenos a grandes).
Além disso, é válido destacar que o solo é formado em horizontes e em cada horizonte encontramos composições distintas. Temos como horizontes do solo:
Horizonte O – Camada formada por matéria orgânica, água, organismos e raízes de plantas (presente somente em solos de florestas tropicais).
Horizonte A – Camada mais antiga do solo, geralmente mais escura, composta por matéria orgânica, água e minerais.
Horizonte B – Formada por sais minerais e pouca matéria orgânica, possui maior presença de ar. No horizonte B já é possível observar a estrutura do solo, proveniente de sua rocha de origem.
Horizonte C – Constituído por fragmentos de rochas desintegradas do horizonte D; também apresenta grande presença de ar.
Horizonte D ou R – Rocha matriz ou originária do solo.
Qual é a importância do solo?
O solo é um recurso natural de grande importância para a natureza, pois exerce funções ambientais essenciais à vida e além disso é de suma importância para o desenvolvimento de praticamente todas as atividades humanas. O solo é utilizado em atividades econômicas e em ciclos ambientais, tem função primordial na agricultura, quando falamos em plantio e produção de alimentos e é um importante armazenador de água, pois é por meio do solo que ocorrem os processos de infiltração, abastecimento do lençol freático, abastecimento de aquíferos e o surgimento de nascentes. Além disso, o solo é utilizado em diversas atividades econômicas, como na exploração de recursos minerais e energéticos, pois é por meio dele que extraímos minerais, rochas e minérios utilizados como matéria-prima para atividades industriais, como na construção civil e na produção de diversos objetos.
Classificação do solo
Segundo o (SiBCS) – Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, no Brasil os solos que são mais predominantes são os latossolos, argissolos e neossolos. De acordo com o índice, juntos eles abrangem cerca de 70% do território nacional. Além disso, entre esses três tipos de solos os que mais são encontrados no território brasileiro são os latossolos e os argissolos que juntos ocupam aproximadamente 58% do território.
Em relação aos demais solos classificados de acordo com a variedade química, física e biológica encontrada em sua composição, podemos citar mais 13 classes de solos classificadas pelo (SiBCS):
- Argissolos;
- Cambissolos;
- Chernossolos;
- Esposossolos;
- Gleissolos;
- Latossolos;
- Luvissolos;
- Neossolos;
- Notssolos;
- Organossolos;
- Planossolos;
- Plintossolos;
- Vertissolos;